segunda-feira, 16 de abril de 2012

O som da escuta por John Cage




A cor do som em Jonh Cage, possui os movimentos do silêncio, esse deslocamento do som como moldura para algo além dele. Música sem intenção clara, a idéia de arte plural, nessa mistura entre estímulos visuais e sonoros, como busca e indagação, como forma de percepção da música como conceito.
Cage dissolve os limites entre as formas de expressão e sua representação.
Criou trilhas sonoras para coreografias de Merce Cunnigham, e influenciou com suas noções de acaso, de repetição e de vazio, as obras visuais de artistas como Josef Albers, Jackson Pollock e Robert Rauschenberg.
Suas composições vazias, cheias de improvisos ou de ruídos acidentais são recortes
físicos do espaço, com o que os críticos chamam de "música como território"

"Ele recorta o tempo como se fosse uma escultura". Suas partituras em forma de rabiscos, transparências e notações nada convencionais, como orientações para pausas, uso de instrumentos aleatórios ou até mesmo o som do rádio, davam plasticidade a música, para explorar toda potência do som como espaço, como gerador de lugar de estados e emoções.

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